Com esse Blog objetivamos manter uma interação social agradável com os nossos seguidores a partir de publicações diversificadas e relevantes de fatos sociais ocorridos no cotidiano,e outros temas e assuntos de significado singular e plural, do mundo da vida, dos textos e dos contextos em que surgem e nos envolvem, dando sentido à vida, e ao que ela nos traz.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Fazendo Ativismo na AIDS
O Movimento Social ainda permanece sendo a ação social de relevante expressão para que a sociedade se unifique e busque concretizar a efetivação do que ela precisa para o viver em sociedade. Enquanto instâncias de identidades coletivas, os movimentos sociais focam os seus problemas de vivência cotidiana e sai em busca das elites políticas governamentais: os gestores, para estabelecer formas de resolução das problemáticas pautadas. Isso ocorre nas diversas representações institucionais da sociedade. É na instância da vida financeira, na educação, habitção, saúde, trabalho, cultura e lazer. A fim de que essa representação alcançe proeminência junto aos poderes, é fundamental que os moviementos sociais sejam muito bem articulados, consistentes tendo a sua causa bem focada. O ativismo é antes de tudo uma luta individual, é de cada um, para depois ela ser coletiva, ser a luta de todos, do grupo coeso e organizado com uma instância identitária, mesmo que diversificada, mas ao mesmo tempo coesa. O Ativismo é uma prática coletiva que norteia e impele o movimento social pra frente, somente com uma ótimização da prática coletiva do ativismo é que se pode fazer com êxito o movimento social.
O Dia 1º de Dezembro foi instituido pela Organização Mundial da Saúde, em 1987 (OMS). Essa iniciativa de eleger essa data como uma data de referência para falar de HIV e de AIDS se configurou numa estratégia de significativa relevância, no sentido de chamar a atenção da sociedade para os desdobramentos do fenômeno da Pandemia AIDS, nos moldes como esse passou a instaurar nos diversos segmentos sociais e contextos estruturais, do viver humano e social. Completando hoje 23 anos de sua instauração, não percebemos ainda, ou não vimos ainda, uma ação por parte da sociedade que venha requerer e querer saber realmente o que é a AIDS? Como se pega a AIDS? Para ouvir o que é essa doença ainda não está no foco dos interesses das pessoas. Pensando a epidemia da AIDS numa linha do tempo em nosso pais,o Brasil, é possível se pontuar muitos avanços nas políticas públicas governamentais para o enfrentamento da AIDS,nas diversificadas camadas sociais; nas diferentes faixas etárias; nas questões referentes a relação de gênero; e as diversidades das diferenças nas condutas socioculturais para raça, etinia, orientação sexual, profissional do sexo e os drogaditos; essa ainda guarda em seu conteúdo explicativo, tanto no campo da ciência da medicina, quanto nos espaços onde vivem as pessoas alcançadas por essa epidemia. Desde o seu surgimento aqui no país em 1982 que começou-se a aparecer os primeiros casos de HIV/AIDS que as pessoas começaram a se reunir em movimento social para a formação de uma agenda política para se iniciar o enfrentamento da epidemia. Sendo, portanto, nesse contexto que nasce com muita força o Ativismo na AIDS. Ao longo dessas quase 30 décadas, as lutas do movimento social tem sido gigantes junto aos poderes públicos, em seus diversos campos de atuação para dar assistência as populações brasileiras afetadas pelo HIV/AIDS. Passando por vários percalços, chega-se ao final da primeira década do seculo XI com um quadro que não está muito diferenciado dos anteriores, apesar das descobertas feitas sobre a AIDS, do Programa Satisfatório de Combate a AIDS elaborado e em desenvolvimento aqui no país, e que tem atendido substancialmente ao público afetado; das vacinas em testes, da institiuição dos comitês de vacinas aqui no Brasil, dos avanços das pesquisas e tantas outras configurações, o Brasil continua ainda, sendo um país que tem uma situação preocupante no tange a questão do HIV/AIDS. No estado de Pernambuco, desde a sua primeira notificação, ocorrida em 1983, em uma pessoa de sexo masculino, até hoje já se registrou 14.751 casos de pessoas alcançadas pela AIDS. (Diário de Pernambuco - caderno C4- Vida Urbana - Saúde - pag C4 - 01/12/2010). Dentro de todo o contexto da discussão da epidemia da ADIS, fica notória a perticipação da Sociedade Civil, categorizada em movimento social da AIDS, lutando pela gestão das políticas públicas e sociais para derimir o avanço da doença. Isso em nível nacional. São muitas as lutas, visto que o Estado brasileiro ainda não percebeu que essa causa é uma causa de sua inteira responsabilidade. Ele cria as leis, estabelece as politicas, elege os gestores devidamente qualificados nas metodologias, porém as coisas não fluem, a situação permanece praticamente a mesma, com a rapidez que o contexto requer. Ao longo desse tempo da epidemia, desde a instituição do dia primeiro de dezembro como o Dia Mundial da Luta contra a AIDS, o movimento social da AIDS, agragado aoutros movimentos, como o Feminino, tem corrido atrás dos gestores, fazendo o controle social, monitorando as políticas públicas, lutando pelas melhorias no SUS, se organizando e sentando junto com o poder estatal para melhor e alcançar seus objetivos de mudanças de vida concretas para as pessoas vivendo com o HIV/AIDS. Portanto, Diversas formas de expressão possíveis vem sendo instituídas pelo movimento social AIDS, que está atualmente se organiza em: FÓRUNS REGIONAIS, FÓRUM NACIONAL, MOVIMENTO DE MULHERES, para que juntos possam criar seus territórios de lutas e representaçãos políticas no trato da questão HIV/AIDS. De forma que nesse 1º de Dezembro 2010, aqui em Pernambuco, o Fórum Articulação AIDS PE juntamente com outros movimentos, assumiu como ação estratégica focar sua atenção junto ao poder Legislativo para entragar um DOCUMENTO a uma das representantes da Assembléia Legislativa,a Deputada Tereza Leitão, no qual a Articulação AIDS PE está pontuando a situação da AIDS aqui no estado, propondo a partir do estudo desse documento, a criação de uma Frente Parlamentar que garanta ao Fórum a concretização da realização das políticas públicas propostas para o estado, porém não efetivadas do modo com é prara ser efetivado. AIDS é coisa muito séria e ela permanece com causando seus danos graves na vida dos jovens, mulheres, crianças, idosos. Nas fotoa postadas acima, estão sendo mostrados alguns recortes do que foi o ato do Ativismo AIDS realizado pelas ONG's que formam a Articulação AIDS PE. Teve-se também apitaço, batucada e entrega em pontos extratégicos de informativos sobre a AIDS, outras DST's, e aprevenção contra a mesma.
Hoje, 1º de dezembro, é o dia escolhido internacionalmente para reforçar os conceitos de solidariedade e de compreensão para com aqueles que, infectados com o vírus HIV, ainda enfrentam o preconceito velado da sociedade, a discriminação e a intolerância. Prevenir é preciso, pois a AIDS não escolhe classe social, idade ou cara bonita. A AIDS é uma questão de todos nós, seres humanos.
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M.FiS - Consultoria & Eventos
Miriam Fialho da Silva
Mestre em Sociologia - UFPE
Especializada na Pesquisa da AIDS
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Poesia
Sugestão
Antes que venham ventos e te levem
do peito o amor — este tão belo amor,
que deu grandeza e graça à tua vida —,
faze dele, agora, enquanto é tempo,
uma cidade eterna — e nela habita.
Uma cidade, sim. Edificada
nas nuvens, não — no chão por onde vais,
e alicerçada, fundo, nos teus dias,
de jeito assim que dentro dela caiba
o mundo inteiro: as árvores, as crianças,
o mar e o sol, a noite e os passarinhos,
e sobretudo caibas tu, inteiro:
o que te suja, o que te transfigura,
teus pecados mortais, tuas bravuras,
tudo afinal o que te faz viver
e mais o tudo que, vivendo, fazes.
Ventos do mundo sopram; quando sopram,
ai, vão varrendo, vão, vão carregando
e desfazendo tudo o que de humano
existe erguido e porventura grande,
mas frágil, mas finito como as dores,
porque ainda não ficando — qual bandeira
feita de sangue, sonho, barro e cântico —
no próprio coração da eternidade.
Pois de cântico e barro, sonho e sangue,
faze de teu amor uma cidade,
agora, enquanto é tempo.
Uma cidade
onde possas cantar quando o teu peito
parecer, a ti mesmo, ermo de cânticos;
onde posssas brincar sempre que as praças
que percorrias, dono de inocências,
já se mostrarem murchas, de gangorras
recobertas de musgo, ou quando as relvas
da vida, outrora suaves a teus pés,
brandas e verdes já não se vergarem
à brisa das manhãs.
Uma cidade
onde possas achar, rútila e doce,
a aurora que na treva dissipaste;
onde possas andar como uma criança
indiferente a rumos: os caminhos,
gêmeos todos ali, te levarão
a uma aventura só — macia, mansa —
e hás de ser sempre um homem caminhando
ao encontro da amada, a já bem-vinda
mas, porque amada, segue a cada instante
chegando — como noiva para as bodas.
Dono do amor, és servo. Pois é dele
que o teu destino flui, doce de mando:
A menos que este amor, conquanto grande,
seja incompleto. Falte-lhe talvez
um espaço, em teu chão, para cravar
os fundos alicerces da cidade.
Ai de um amor assim, vergado ao vínculo
de tão amargo fado: o de albatroz
nascido para inaugurar caminhos
no campo azul do céu e que, entretanto,
no momento de alçar-se para a viagem,
descobre, com terror, que não tem asas.
Ai de um pássaro assim, tão malfadado
a dissipar no campo exíguo e escuro
onde residem répteis: o que trouxe
no bico e na alma — para dar ao céu.
É tempo. Faze
tua cidade eterna, e nela habita:
antes que venham ventos, e te levem
do peito o amor — este tão belo amor
que dá grandeza e graça à tua vida.
(Thiago de Mello)
Antes que venham ventos e te levem
do peito o amor — este tão belo amor,
que deu grandeza e graça à tua vida —,
faze dele, agora, enquanto é tempo,
uma cidade eterna — e nela habita.
Uma cidade, sim. Edificada
nas nuvens, não — no chão por onde vais,
e alicerçada, fundo, nos teus dias,
de jeito assim que dentro dela caiba
o mundo inteiro: as árvores, as crianças,
o mar e o sol, a noite e os passarinhos,
e sobretudo caibas tu, inteiro:
o que te suja, o que te transfigura,
teus pecados mortais, tuas bravuras,
tudo afinal o que te faz viver
e mais o tudo que, vivendo, fazes.
Ventos do mundo sopram; quando sopram,
ai, vão varrendo, vão, vão carregando
e desfazendo tudo o que de humano
existe erguido e porventura grande,
mas frágil, mas finito como as dores,
porque ainda não ficando — qual bandeira
feita de sangue, sonho, barro e cântico —
no próprio coração da eternidade.
Pois de cântico e barro, sonho e sangue,
faze de teu amor uma cidade,
agora, enquanto é tempo.
Uma cidade
onde possas cantar quando o teu peito
parecer, a ti mesmo, ermo de cânticos;
onde posssas brincar sempre que as praças
que percorrias, dono de inocências,
já se mostrarem murchas, de gangorras
recobertas de musgo, ou quando as relvas
da vida, outrora suaves a teus pés,
brandas e verdes já não se vergarem
à brisa das manhãs.
Uma cidade
onde possas achar, rútila e doce,
a aurora que na treva dissipaste;
onde possas andar como uma criança
indiferente a rumos: os caminhos,
gêmeos todos ali, te levarão
a uma aventura só — macia, mansa —
e hás de ser sempre um homem caminhando
ao encontro da amada, a já bem-vinda
mas, porque amada, segue a cada instante
chegando — como noiva para as bodas.
Dono do amor, és servo. Pois é dele
que o teu destino flui, doce de mando:
A menos que este amor, conquanto grande,
seja incompleto. Falte-lhe talvez
um espaço, em teu chão, para cravar
os fundos alicerces da cidade.
Ai de um amor assim, vergado ao vínculo
de tão amargo fado: o de albatroz
nascido para inaugurar caminhos
no campo azul do céu e que, entretanto,
no momento de alçar-se para a viagem,
descobre, com terror, que não tem asas.
Ai de um pássaro assim, tão malfadado
a dissipar no campo exíguo e escuro
onde residem répteis: o que trouxe
no bico e na alma — para dar ao céu.
É tempo. Faze
tua cidade eterna, e nela habita:
antes que venham ventos, e te levem
do peito o amor — este tão belo amor
que dá grandeza e graça à tua vida.
(Thiago de Mello)
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