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quinta-feira, 1 de abril de 2010
Editoriais do Pastor Eli Fenandes
PERFIL:
Pastor Dr. Eli Fernandes de Oliveira
Bacharel em Teologia pelo STBNB; Psicanalista Clínico pela SPOB; Mestre em Teologia e Mestre em Ministério pela Faculdade Teológica da Fé Reformada, São Paulo, e Doutor em Teologia Th.D (cum claude) pela Universidade Cohen, Los Angeles, CA.
É o Pastor Titular da Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo (SP), desde 23 de fevereiro de 1984, após ter servido, por cinco anos, como pastor da Igreja Batista Imperial, no Recife (PE). Estas são as duas únicas igrejas pastoreadas por ele, nos seus 30 anos de Consagração ao Ministério da Palavra.
Em sua mocidade,o Pr. Eli foi Presidente da Juventude Batista Brasileira/JUMOC; foi membro do Comitê de Mocidade da Aliança Batista Mundial, representando a JUMOC; serviu como membro do Conselho Geral da Aliança Batista Mundial, representando a CBB; seis vezes Presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo; e Vice-Presidente da Convenção Batista Brasileira pelo mesmo tanto de vezes.
Membro da Academia Paulista Evangélica de Letras.
Pr. Eli é escritor de jornais seculares e evangélicos, de diversos periódicos especializados em Teologia.
Condecorado com:
•Medalha Anchieta, da Câmara Municipal de São Paulo;
•Prêmio de Personalidade do Ano, pela Academia Paulista Cristã de Letras.
•Comenda Paul Harris, do Rotary Club;
•Membro Honorário da Força Aérea Brasileira.
1º EDITORIAL: A CRISE NA FAMÍLIA
Pastor Eli Fernandes de Oliveira
17.03.2005 15:39
Fala-se muito, hoje em dia, sobre a crise da família.
Sociólogos, psicólogos, religiosos e outros, afirmam que o lar fracassou em seus objetivos, os pais falharam em seu desempenho. Além do insucesso das instituições governamentais em seus programas sociais diversos e da igreja cristã, nesta área.
Afirma-se que a industrialização afastou da sociedade moderna o conceito de família, não só extensa (parentes em geral), pelas exigências da mobilidade geográfica, como também a nuclear (pais e filhos), pela expressão que novos padrões exercem. Não são mais as estruturas familiares que modelam a sociedade, mas o inverso tem acontecido. Surgiu o feminismo, reivindicando a reavaliação dos conceitos “arcaicos” da vida conjugal.
A família deteriorou-se e os problemas emocionais agravaram-se. O homem de hoje casa-se aceitando uma alta probabilidade de que seu matrimônio fracasse. A porcentagem de divórcios cresceu assustadoramente, alcançando seu mais alto nível na história. O resultado da instabilidade da família está no número cada vez maior de filhos vivendo com um só dos genitores, e na troca freqüente de parceiros, na busca de novas modalidades de estilo de vida, que não exijam “papel passado”.
Jacques Grand´Maison escreve em “A Família Moderna, Lugar de Resistência ou Agente de Mudança?”. “Os laços conjugais e familiares perderam sua força pelo atestado dos divórcios e da ruptura das gerações. Os velhos são colocados em asilos, os adolescentes agrupados fora da família, a relação conjugal tornou-se incerta após a revolução feminina, o trabalho da mulher fora do lar pôs os filhos nas creches ou com babás, transtornando profundamente tudo. As trepidâncias modernas quebraram as âncoras familiares de estabilização”.
Podemos tomar medidas que salvem o casamento e contrabalancem o impacto das pressões sócio-psicológicas, econômico - políticas, que desagregam a família? Cremos absolutamente que sim. Conquanto futurólogos apontem para a probabilidade da desagregação familiar, nenhum, que saibamos, prediz o desaparecimento puro e simples da família como tal.
Através dos tempos, a família tem se defrontado com mudanças, mas não desapareceu. É na família que se realiza o crescimento integral do ser humano. Isto implica na satisfação das necessidades básicas: afetiva, sexual, intelectual, material, espiritual e relacional. Podemos ver família assim, cumprindo suas funções básicas: reprodutiva, de nutrição, educacional e social. Para a preservação da família, é necessário o resgate de sua fundamentação religiosa. Na concepção cristã, baseada na Bíblia, a família foi constituída por Deus e ela deve tê-lo como fator principal.
Assim, ficam compreendidos os fundamentos cristãos da família: unidade, indissolubilidade e hierarquia nas relações de nupcialidade, paternidade, filiação e irmandade, conforme expõe Jorge Atiencia em “Uma Teologia para o Matrimônio e Família”.
No seio de uma família genuinamente cristã, as pessoas encontram-se e vivem, no nível mais profundo, as relações significativas, porque cada um de seus componentes teve um encontro com Deus e achou ânimo para promover, não somente o crescimento integral uns dos outros, mas a própria perpetualidade da família, instituição divina.
2º EDITORIAL: ARTIGO SOBRE O SILÊNCIO
Pastor Eli Fernandes de Oliveira
16.03.2005 14:50
Neste artigo, desejo compartilhar com meus leitores uma grata conclusão no tocante à leitura da Bíblia. Quando nos aprofundamos no estudo dos Evangelhos, chegamos à absoluta convicção de que Jesus não somente foi o maior psicólogo que o mundo já conheceu, como também foi o mais inteligente e sábio ser humano a passar por este "vale de lágrimas".
A fim de cumprir a missão para qual o Pai o enviou, "buscar e salvar o que se havia perdido", Jesus descobriu o caminho das montanhas, do deserto, onde, no silêncio, podia refletir e orar. A Bíblia diz que, após o batismo, "foi conduzido pelo Espírito no deserto...tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites". O tempo gasto em oração no deserto conferiu-lhe a vitória na tentação que se seguiu (Mateus 4.1-11), No Getesêmane, na companhia de três discípulos, retirou-se mais uma vez, para meditar e orar...e indo um pouco mais adiante, prostrou-se sobre Seu rosto, orando".
Retirar-se, para completar e orar, é ter profunda experiência com Deus, consigo mesmo e com a vida. Temos viajado muito por esse mundo de Deus. No avião, lá do alto, observando a terra distante, enormes montanhas são suaves ondulações, extensos rios são filetes, prédios são caixas de fósforo.
A lição é que todas as coisas podem ser vistas em outra dimensão, quando tomamos distância, ganhamos altura. Jesus, para encarar as muitas facetas da vida humana, afastava-se da rotina borbulhante, para o silêncio. Dava-se um tempo, elevava-se até o Pai. O silêncio convida à meditação séria, à reflexão. Aponta o perigo das decisões apressadas, tomadas no cenário tenso e escurecedor dos ruídos, das buzinas, embaçado pela fumaça das chaminés.
A contemplação no silêncio deu a Jesus mais agudeza de espírito, fê-lo destro, vivo, pronto a atender todas as necessidades do homem. E como é maravilhoso ler, por exemplo: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós meu jogo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.
Voltando-nos para Jesus, somos convidados, por primeiro, a seguir-lhe os passos, a beber da inesgotável fonte da vida, a renunciar a nós mesmos, a imitá-lo, como fez o grande apóstolo Paulo, a ponto de dizer: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que se entregou a si mesmo por mim". (Gálatas 2.20)
E, dentre as muitas e extraordinárias coisas que aprendemos dele, um, com certeza, muito rapidamente nos chama a atenção: diante dos grandes problemas que nos angustiam, diante de tanta incerteza, da tensão que nos conduz a decisões eivadas de superficialidades e erros, tomemos distância. Ela poderá conferir às coisas que nos cercam a dimensão correta.
Mormente agora, quando são conhecidos os danos desse veneno que leva o nome de "civilizado" de poluição ambiental e sonora, busquemos o verde das Campinas, a serenidade dos lagos, a paz das montanhas.
Fiquemos sós com Deus e experimentemos a força da oração. Atestaremos os resultados: Seremos homens mais profundos e conscientes, mais serenos, mais argutos, aprendendo com Jesus os tesouros do silêncio para a oração, para maior comunhão com o Pai, que está sempre pronto a nos indicar o caminho a seguir.
3º EDITORIAL
Homenagem às Mulheres
Pastor Eli Fernandes de Oliveira
16.03.2005 14:28
O dia 8 de março é comemorado pelas Nações Unidas, desde 1975, como o Dia Internacional da Mulher. Foi no dia 8 de março de 1857, que operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicar a redução da carga horária de trabalho, de 16 para 10 horas por dia. Elas ganhavam menos de um terço do salário dos homens.Por causa dessa rebelião, foram trancadas na fábrica, onde um incêndio matou cerca de 130 delas, queimadas.
Em 1910, numa Conferência Internacional de Mulheres realizada na Dinamarca, ficou decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar-se anualmente, em 8 de março, o "Dia Internacional da Mulher".
Ao ensejo desta data, gostaria de render minha homenagem às mulheres, comunicando-lhes que, após alguns anos de estudo sobre as mulheres na Bíblia, desde a criação, passando pelas culturas orientais dos povos do Velho Testamento, por Jesus e por todo o Novo Testamento, reconheço quantos erros nós, os homens, temos cometido no trato das oportunidades à mulher criada por Deus, assim como o homem: "Criou Deus pois o homem à sua imagem e semelhança, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou".
Honestamente, reconheço que um estudo bíblico aprofundado a respeito das mulheres comprova falhas clamorosas, tanto de natureza teológica e doutrinária, como de tradições e traduções da Bíblia. Por isso, tomei a decisão, em oração, ainda que dispondo de um leque significativo de outras opções, de defender minha Tese de Doutorado, abordando, em estudo sério, o seguinte tema: "Uma Exegese Bíblica a Respeito da Mulher".
Minha tese não se dirige aos que militam no ministério em igrejas locais ou instituições de ensino teológico, ainda que reconhecendo, diante da Bíblia, o quanto imperam os preconceitos que, se não invalidam, pelo menos desfiguram a própria Escritura, a respeito do propósito de Deus para os homens e as mulheres.
Desejo ardentemente abençoar, o quanto estou sendo abençoado, quem queira, na Palavra, conferir o que é verdadeiro e justo, sobre quem são homem e mulher aos olhos do Senhor, apontar as distorções que culminaram no secundar da mulher, no decorrer da história, reconhecê-las, combatê-las e torná-las públicas, para a construção de uma mentalidade cristã sadia, corrigindo-as através do ensino bíblico, para que não haja mais duas classes na igreja, na sociedade e na familia: uma, com todos os direitos, a dos homens; e a outra, de poucos direitos e todos os deveres, a das mulheres.
Na medida em que me aprofundo no estudo exegético das Escrituras, convenço-me do quanto há de machismo em muitas das minhas atitudes de pastor e peço a Deus que me use, como servo Seu , marido de uma linda mulher – a Mônica, a não discriminar as mulheres, como Jesus jamais as discriminou, dando-lhes sempre honra.
Arrisco-me a pensar que o maior ganho da mulher cristã, no dia Internacional das Mulheres, há de ser o usufruir da igualdade de direitos com os homens, embora com diferenças de funções, compreendido o propósito de Deus desde a criação, quando nos fez homens e mulheres.
Deus as abençoe, mulheres queridas, sustentadoras do meu ministério na Liberdade, nesses 21 anos. Oro por vocês e agradeço a Deus a inspiração de suas vidas. Contem com seu Pastor e continuem a orar por ele também.
Amém!
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Comentnado os Editoriais
ResponderExcluirEstes Editoriaisque colocamos em nosso Blog,são considerados por nós verdadeiramente como escritos que são de muito significado nos dias atuais. Por sua forma clara e bem consisa de falar às pessoas, usando uma linguagem clara, objetiva e bem fundamentanda nas narrativas de um conteúdo Bíblico voraz, que o Pr. Eli FErnandes insere no universo das subjetividades e nas representações sociais discursivas e interpetativas dos indivíduos, para dizer que existem explicações mais ponderadas e plausíveis, que dão sustentação para a vida espiritual, fragilizada hoje em função de tantas interpretações doutrinárias de muitas seitas, que confundem a realidade emocional e espiritual do ser humano que não acessa a outras informações que se contraponham as que estão sendo postas de modo errôneo, e vão ficando unicamente nisso. Na sua palavra o Pr Eli, nessses seus editoriais ousa e vai mais adiante e fala de que nos dias de agora está se fazendo essencial rever os conceitos, e redefinar práticas de vidas, e rever as grades curriculares, da própria família no papel excercido pelos pais junto aos filhos. Pela sociedade midiática junto aos seus telespectadores e outros segmentos sociais. Antes que os tempos mudem, e não seja mais possível alcançar o "Mundo Saudável da
Vida Espiritual, que é o verdadeiro, pois está isntaurado na Plavra de Deus, que o culminará num grande Encontro com Jesus Cristo, no "Reino do Filho do Seu Amor."