sábado, 1 de abril de 2017

REFLEXÃO




Tentando dialogar com essa personalidade negra, que me estimula cada vez mais a assumir minha condição de negritude!

“A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.”
(desconheço a autoria)

 Instituto Museu Ricardo Brennand.
REFLEXÃO
Postando essa poesia aqui no meu blog, por considerá-la significativa pra meus momentos de vida atual. Quando se chega na idade da maturidade pode-se observar que vamos passando por diversas mudanças e nos tornamos mais sensíveis e criteriosos pra viver, fazer a vida e definir o que realmente ainda estamos querendo ser e ter. Nessa poesia, o autor ou autora, (pois não conheço de quem é essa arte), pontua que existe somente uma idade e uma época pra gente ser feliz, sonhar e fazer planos. Eu não sei se é assim com todas as pessoas. Penso que não é muito assim que acontece comigo, visto que vejo que cada ser é um ser diferente, dono das suas peculiaridades. Porque, mesmo que na composição biológica de cada sujeito, as nossas estruturas orgânicas sejam as mesmas, na instância emocional e psicológicas, e nas instâncias identitárias e identificativas, cada um é cada um , e, portanto, possuem formas e modos diferentes de operacionalizar, pensar, ver, e viver a vida, em seus diversificados textos contextos em que a mesma se instaura . Estou certa de que para cada idade, para cada fase na vida, desenvolvemos formas diferenciadas para viver e pra interagir tanto com os outros seres humanos, quanto com os enfrentamentos de tudo que nos chega e alcançam. Vivemos coisas e passamos por situações que nos advém e são alheias ao nosso querer. Ao longo de cada tempo vamos nos tornando outras pessoas. Na idade da juventude, certamente que as escolhas são diferentes, visto que são frutos das perspectivas e expectativas para as construções e realizações serem bem outras. todavia, na idade madura, na passagem dos anos, quando começamos a descer a pirâmide, já não ousamos começar nada de novo, e sim, passamos a rever, reavaliar e prosseguir no que já estamos fazendo. Então, para cada idade, para cada situação, para cada tempo e momentos vivenciados, temos textos que devem ser relidos pra novas interpretações, e assim temos que nos adaptar as mudanças existenciais e tentarmos ir vivendo nos outros contextos, alguns bem estranhos, porém únicos, que vão se inserido nos nossos caminhos. O significativo de tudo é saber que em cada uma dessas instâncias podemos recriar, tornar a executar e vivenciar coisas ainda muito boas, e satisfatórias que nos levam aonde estamos desejando chegar. Ainda nos é possível encontrar o caminho das pedras.  Portanto, sendo jovens, novinhos; maduros, meia idade, ou já meio velhos, a felicidade ainda pode ser uma constante para nós, dentro dos contextos que a vida nos apresenta, e lendo e relendo os textos que nos são apresentados. A possibilidade do morrer se torna mais significativa, e por isso está sempre nos rondando, O que a gente  precisa fazer é aguçar as sensibilidades pra saber estar atentos nas escutas do que pode ainda podemos fazer ou ser alcançados. Ter consciência e coerência pra nos apropriarmos do que pode nos está sendo disponibilizado, certos de que chegando ao final da jornada tenhamos a plena certeza do dever cumprido e a conscientização de que podemos nos eternizar a partir da entrada no outro mundo onde iremos habitar: que deve estar cheio de coisas boas. Não coisas terrenas, mas a consumação da espiritualidade, a fim de que sejamos pessoas verdadeiramente muito plenas!!! 
_____________________________ 
Miriam Fialho

Imagens feitas numa tarde muito gostosa,no 
Instituto Museu Ricardo Brennand - Recife/PE



































































                                                                  

3 comentários:

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  3. Parabéns pela elaboração deste blog tão bacana... seus textos e contextos são muito interessantes e o blog como um todo está espetacular!

    Renilson Azevedo

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