O PRIMEIRO DE DEZEMBRO:
DIA MUNDIAL NA LUTA CONTRA A AIDS
Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a AIDS foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde. Nesse dia, em todo o mundo, ativistas, artísticas, as programações dos Gestores, Fóruns do Movimento Social e os Ativistas, bem como outras pessoas que vivem e convivem com essa experiência do HIV/AIDS se reúnem e marcam sua presença através de atividades político-culturais, com o objetivo é envolver a sociedade e chamar a atenção para a realidade da epidemia, promover debates em torno da Prevenção e Assistência, de uma prática do sexo mais seguro, do uso do preservativo; também há um enfoque significativo do comprometimento dos poderes públicos, para a gestão de políticas públicas mais eficazes para o controle da epidemia e no atendimento e assistência às pessoas soropositivas. Além de serem destacados os direitos humanos como um eixo central desta luta para todas as pessoas. As ações públicas e culturais em torno do dia 1º de dezembro acontecem instituindo o fortalecimento do Movimento, Social da AIDS e também fomentam os debates e as discussões em torno dos direitos e das políticas públicas para HIV/AIDS O questionamento dos preconceitos e discriminações que são valores arraigados em nossa cultura ainda hoje, também não deixam de ser ponto de Pauta nas Agendas em comemoração neste dia.
POR QUE O LAÇO VERMELHO COMO SÍMBOLO?
O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a AIDS. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual AIDS, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de AIDS.
O Visual AIDS tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/AIDS, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/AIDS e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas.
O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual AIDS, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.
Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a AIDS, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia.
Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando e vem criando mais significados para o uso do laço.
Inspirado no laço vermelho, o laço rosa se tornou símbolo da luta contra o câncer de mama. O amarelo é usado na conscientização dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade. O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados com o emprego da madeira tropical para a construção de sets na indústria cinematográfica. O lilás significa a luta contra as vítimas da violência urbana; o azul promove a conscientização dos direitos das vítimas de crimes e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra a censura na internet.
Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o “V” de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. Outra versão tem origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele país colocavam laços vermelhos na frente das casas
quando os maridos morriam em combate.
Com todas essas variações, o mais importante é perceber que todas essas causas
são igualmente importantes para a humanidade.
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