domingo, 16 de outubro de 2011

Para Marilene? TUDO!!!



(Esta imagem feita por mim, na Cantina da igreja Emanuel no dia 09/10/2011,depois do culto da noite)

Minha Querida Many,
você é uma mulher especial. Digo isso não por você ser minha irmã, também por isso, mas pela mulher vanguardista que você é de você mesma e do seu tempo (como diria o poeta Thiago de Mello). Essa mulher que guarda em si mesma qualidades tão fortes que a tornam um ser humano verdadeiro, belo, contagiando a todos que se aproximam da sua pessoa. Dentre tantas outras virtudes descobertas em você eu ainda encontro a capacidade que está em você de ser filha, irmã, mãe, esposa e amiga, de forma sensivel e cativante e que deixam visivéis sua condição de mulher cristã virtuosa que cumpre cautelosamente o papel de uma mulher regida pelos princípios da Fé Cristã, tendo o temor a Deus como o princípio básico da sua sabedoria. De saber atuar nos campos antagônicos da vida humana; entrando e saindo nos ambientes, ocupando espaços na vida social, intelectual, profissional de modo discreto mas, com muito charme, elegancia e distinção. De saber intervir políticamente em determinadas ordens e contextos da secularidade, com sabedoria, inteligência, profissionalismo, e discrição, sabendo tecer as teias das redes da vida usando os fios adequados as peculiaridades em jogo; dando relevância a cada situação, e propiciando a cada qual o que se fazer necessário ser tratado nos tempos, nas formas e com as pessoas certas, obtendo os melhores resultados para tudo que estiver compondo as realidades.
Hoje Many, dia do seu aniversário: 15/10/2011, eu tenho uma alegria infinda ao dizer que me sinto muito orgulhosa de te-la como irmã e amiga. E, ao tempo em que lhe presto essa homenagem aqui no meu blog peço a Deus que lhe cubra com todas as Suas maiores bênçãos, dando nessa nova idade que se inicia hoje, todas as oportunidades possíveis de uma vida vivida com muitas alegrias, paz e amor!
Deixo esse pensamento para você na esperança de que seja útil para aperfeiçoar mais a sua reflexividade nos caminhos da sua existência.

"Um Presente Para Você
Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída."

Com os maiores desejos de FELIZ ANIVERSÁRIO!
Abraços da sua mana,
Miriam Fialho

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Grandeza da Vida Coletiva

Editorial

(Pr. Eli Fernandes de Oliveira.
19.08.2011)

Deus nos fez carente do outro a fim de que pudéssemos ser uma bênção na vida de nosso irmão. Junto nos completou e experimentou na boa convivência as bênçãos de Deus. No passado, nossa juventude cantava: “Eu preciso de você; você precisa de mim e nós precisamos de Cristo até o fim, sem cessar…”. Música simples, verdade tremenda! Saber que precisamos um do outro, viver em sociedade pra sobreviver condignamente, talvez seja uma das boas coisas da vida. Passo a contar-lhes uma estória que é do conhecimento de alguns: Era uma vez uma carpintaria na qual estava acontecendo uma interessante reunião das ferramentas, para resolver umas dificuldades relacionais entre elas. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria de renunciar, porque ele fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso da carpintaria o parafuso, pois gastava muito tempo dando muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão também da lixa, por ser áspera no tratamento com os demais. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a trena, que sempre mediam os outros segundo a sua medida, como se fora a única perfeita. Nesse momento, entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: ‘Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes. Então, a assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas e a trena era precisa e exata. Sentiram-se, assim, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Muitas alegrias passaram a experimentar, pela oportunidade de trabalhar juntos na diversidade.

A riqueza das lições que podemos extrair dessa estória nos acorda para a essencialidade da vida coletiva, cantada, inclusive naquela canção.

Esse foi o espírito que reinou durante os três anos que antecederam o Pentecostes, quando Jesus escolheu seus discípulos para que, em comunidade, aprendessem sobre o que é amor, perdão e levar as cargas uns dos outros. Na Igreja Primitiva, “estavam todos unidos e tinham tudo em comum” (At 2.44). Ninguém é feliz sozinho. O sucesso ou insucesso de cada um de nós é de alguma maneira, responsabilidade de todos.

A vaidade de acharmos que não necessitamos dos outros é sinal grave de enfermidade moral. Por mais competente que alguém seja, ele só consegue estar de pé porque há uma teia racional que lhe dá espaço e atenção, apontando para o conhecimento de seu valor.

Os grandes avanços e aceleração do progresso da sociedade humana só se deram a partir do aprendizado da riqueza da vida em comunidade, oportunidade em que, juntos, nos suprimos nas deficiências e fragilidades uns dos outros.

Para tanto, longe de nós, cada vez mais, o narcisismo, o orgulho e todo cheiro de personalismo. Eu preciso de você, você de mim e nós, de Cristo. Se não houver o outro, não haverá o que justifique a existência de quaisquer valores morais e éticos. Se algo somos é porque outros existem e nos conferem as condições para seguirmos adiante. Nós precisamos uns dos outros. Não fomos criados por Deus para a solidão, pseudo-autosuficiência e o isolamento. Precisamos dar e receber amor, carinho, cuidados, apoio. Só o cordão de três dobras não se parte.

Não desista da coletividade. Eu preciso de você, você precisa de mim e nós precisamos de Cristo. Seja isso sem cessar, até o fim. Assim, seremos pessoas mais felizes e com uma qualidade de vida ainda melhor.

Texto Transcrito do Site da Igreja Batista da Liberdade
www.libernet.org.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ATIVISMO










Ativismo: O que é?
Segundo os dicionários da língua portuguesa o ativismo é um sistema de ética em que o ato constitui o valor principal (filosofia) No sentido filosófico, o termo Ativismo pode ser descrito como qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática efetiva de transformação de uma dada realidade em detrimento da atividade exclusivamente especulativa. Nesse sentido, freqüentemente subordina sua concepção de verdade e de valor. É também estilo impressionista, em que se empregam os gêneros literários para propaganda de idéias políticas (literário). O Ativista é a pessoa partidária, ou não, que faz ativismo (Conf. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, edição 1980 – pag. 76 – Editora EGÉRIA). Numa outra definição, ativismo é doutrina ou prática de dar ênfase a ação vigorosa. Por exemplo, ao uso da força para fins políticos. O ativista é o que pertence ou defende o ativismo; que tem características do ativismo; pessoa que defende ou pratica o ativismo (Conf. Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa – Michaelis, 1998 – Melhoramentos – Cia de São Paulo – pag. 124). A ativista é aquele que atua que exerce uma ação; também define o que é diligente, aplicado; é contínuo; informante ou informação que está sendo utilizada pelo sistema ou acionado por um determinado programa. Conceituando, pode-se dizer que o ativismo é o exercício de uma prática social politicamente construída, constituída por interpretações de conteúdos originados de interpretações filosóficas e ideológicas, estimulados por visões de mundo e vivências humanas. No nível prático, ativismo se constitui em práticas políticas sociais devidamente e coletivamente instituídas, configuradas em Movimentos Sociais organizados e engajadas, buscando resoluções junto aos poderes constitucionais a fim de que sejam dirimidas as situações conflituosas, por serem incomodas e divergentes dos princípios éticos e morais constitucionais regentes da vida em sociedade. A prática ativista nasce da compreensão íntima do sujeito, tanto dos seus direitos, por um lado, quanto de seus deveres, por outro, de cidadão. A compreensão dessa condição social estimula a pessoa a desenvolver a sua responsabilidade humana e política a buscar, em articulação com outros indivíduos, junto aos poderes políticos respostas e soluções para situações problemáticas vividas por populações em vulnerabilidade de vida social em suas diversificadas manifestações.
Alargando a interpretação do que vem a ser o termo ativismo, dizemos que usualmente, ele pode ser entendido como a militância ou as ações continuadas dos sujeitos, com vistas à mudança social, a mudança na cultura política da sociedade, onde a ação direta, quanto indireta, é incentivada, mas, também se usando metodologias pacíficas, sem violência, muito embora às vezes essas ações também aconteçam num a expressão de violências ficando isso a critério da obtenção de respostas ao que está sendo reivindicado; incluindo a defesa, a propagação e a manifestação pública das idéias teórica e filosoficamente sustentadas. O ativismo pode também se manifesta como atos de protesto passivo, de greve, de desobediência civil ou de franca militância ativa, como é o caso das ações de determinados movimentos, como os sem terra, buscando a reforma agrária, o movimento feminista lutando pelos direitos da mulher no mercado de trabalho, na saúde e contra a violência.
No que concerne as metodologias no que tange ao enquadramento legal e eleitoral das democracias representativas e também participativas, o ativismo assume habitualmente o formato de ações ativistas na política social governamental, nas manifestações midiáticas da imprensa escrita e falada, nas propagandas eleitorais, dentre outras. As ferramentas estratégicas que são usadas no ativismo perpassam diversos canais da comunicação: remessa de cartas abertas às populações, organização de audiências públicas em Câmaras de Vereadores para denunciar situações calamitosas que não estão sendo tratadas pelos gestores políticos governamentais, participações em reuniões de fóruns, publicação de textos contestatórios na imprensa jornalística, entrevistas à imprensa e a dirigentes políticos em prol da postura das autoridades governamentais; promoção de debates que estejam tratando de questões alusivas ao que aquele ativismo está pontuando; seguir, reiterando outros comportamentos de outros ativistas que tem similaridades delineadas que está sendo veiculado, por considerá-lo significativo, visto que contribui para a causa que podem ser: boicotar a aquisição de certos produtos por conta da excessiva elevação dos preços, nas compras individuais ou de grupo; ou ainda a realização de manifestações públicas tanto nas aquisições individuais, como coletivas. As estratégias usadas para esse tipo de ação são manifestações públicas através de marchas com faixas e cartazes, recrutamento de simpatizantes, abaixo assinados, ato público, e muitos outros.

Miriam Fialho da Silva.
Mestre em Sociologia -
Coordenadora de Programas,
Projetos Sociais e Pesquisa do Grupo ASQV.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mais um Pouco de Poesia



SUGESTÃO


Antes que venham ventos e te levem
do peito o amor — este tão belo amor,
que deu grandeza e graça à tua vida —,
faze dele, agora, enquanto é tempo,
uma cidade eterna — e nela habita.

Uma cidade, sim. Edificada
nas nuvens, não — no chão por onde vais,
e alicerçada, fundo, nos teus dias,
de jeito assim que dentro dela caiba
o mundo inteiro: as árvores, as crianças,
o mar e o sol, a noite e os passarinhos,
e sobretudo caibas tu, inteiro:
o que te suja, o que te transfigura,
teus pecados mortais, tuas bravuras,
tudo afinal o que te faz viver
e mais o tudo que, vivendo, fazes.

Ventos do mundo sopram; quando sopram,
ai, vão varrendo, vão, vão carregando
e desfazendo tudo o que de humano
existe erguido e porventura grande,
mas frágil, mas finito como as dores,
porque ainda não ficando — qual bandeira
feita de sangue, sonho, barro e cântico —
no próprio coração da eternidade.
Pois de cântico e barro, sonho e sangue,
faze de teu amor uma cidade,
agora, enquanto é tempo.

Uma cidade
onde possas cantar quando o teu peito
parecer, a ti mesmo, ermo de cânticos;
onde possas brincar sempre que as praças
que percorrias, dono de inocências,
já se mostrarem murchas, de gangorras
recobertas de musgo, ou quando as relvas
da vida, outrora suaves a teus pés,
brandas e verdes já não se vergarem
à brisa das manhãs.

Uma cidade
onde possa achar rútila e doce a aurora que na treva dissipaste;
onde possas andar como uma criança
indiferente a rumos: os caminhos,
gêmeos todos ali, te levarão
a uma aventura só — macia mansa —
e hás de ser sempre um homem caminhando
ao encontro da amada, a já bem-vinda
mas, porque amada, segue a cada instante
chegando — como noiva para as bodas.

Dono do amor é servo. Pois é dele
que o teu destino flui doce de mando:
A menos que este amor, conquanto grande,
seja incompleto. Falte-lhe talvez
um espaço, em teu chão, para cravar
os fundos alicerces da cidade.

Ai de um amor assim, vergado ao vínculo
de tão amargo fado: o de albatroz
nascido para inaugurar caminhos
no campo azul do céu e que, entretanto,
no momento de alçar-se para a viagem,
descobre, com terror, que não tem asas.

Ai de um pássaro assim, tão malfadado
a dissipar no campo exíguo e escuro
onde residem répteis: o que trouxe
no bico e na alma — para dar ao céu.

É tempo. Faze
tua cidade eterna, e nela habita:
antes que venham ventos, e te levem
do peito o amor — este tão belo amor
que dá grandeza e graça à tua vida.

(Thiago de Mello)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

9º ERONG ARACAJU




Estamos as vèsperas de realizar mais um ERONG. Essa é uma ocasião imperdível, visto que a mesma é bienal, e ten-se muitas coisas para tratar no que a tenge a epidemia da AIDS aqui no Brasil e todos os procedimentos gestados pelo poder público, bem como as atuações do Movimento Social da AIDS, configurado em suas diversas instâncias de atuação e representação, tanto em nível municipal, estadual, regional e nacional, quanto internacional, no controle social feito por ONGs como a UNGASS, O ICW, a UNAIDS, entre outros. Essa iniciativa é significativa por demais,visto que agrega no seu bojo todo um conjunto de temas relevantes referentes aos avanços da epidemia e no trato que se tem dado aqui no país a mesma. Políticas públicas bemr articuladas e planejadas foram instituídas, ao longo do tempo de AIDS aqui. Programas para a Prevenção e a Assistência vem sendo elaborados e realizados, sempre buscando contemplar as populações, em suas diversas diferenças: crianças, adolescentes e jovens, mulheres, mulheres gestantes em pré-natal, homens que fazem sexo com homens e outros grupos de orientação sexual diferente; e ainda as diversas formas do HIV se manifestar no corpo das pessoas. Todo esse conjunto de fatores vem fazendo com que, ao longo desses tempos de AIDS, a Sociedade Civil se organize cada vez mais e ocupe o seu espaço político realizando suas estratégias para estar acompanhando no campo da saúde e da expressão máxima da epidemia; para ajudar os gestores nas suas programações de forma que as mesma sejam acertivas para a realização de ações políticas que sejam bem suatentadas e se efetivem dando os resultados tão almejados para a melhoria da qualidade e condições de vida das populações HIV Positivas. Mas, o que é mesmo o ERONG? Vamos ver:
O ERONG é um Encontro Regional do Movimento Social da AIDS e de Organizações Não Governamentais – ONGs – que se articulam e atuam junto ao poder público na busca de políticas públicas consistentes que se efetivem para atendimento das pessoas vivendo com HIV/AIDS. Os objetivos desse movimento são vários, dentre eles estão os de fazer controle social, monitorar e avaliar as políticas públicas da saúde gestadas para atender as necessidades das pessoas vivendo com vírus HIV ou doentes com AIDS. Essas políticas dizem respeito especialmente a duas instâncias referentes à epidemia da AIDS, que é a PREVENÇÃO E A SSISTÊNCIA. No que tange a assistência é pontuada essencialmente a Terapia Anti Retroviral, que consta da combinação de medicamentos para as pessoas que se encontram diagnosticadas positivamente para o vírus HIV/AIDS; a disponibilização de Hospitais de Referências onde as pessoas poderão ser recebidas para tratamentos; os Programas Governamentais, que atendam as especificidades das manifestações do HIV/AIDS, que é decorrente dos tipos de manifestações patogênicas; as populações mais alcançadas: por faixa etária, por sexo, por idade, por localidades e condições socioeconômicas, indo além dessas. Quanto à prevenção, são pontuados essencialmente os cuidados para evitar os contágios, a realização de campanhas consistentes para a prevenção, nas quais se orienta o uso da camisinha (masculina e feminina) como medida profilática para que se evite o contágio com o HIV, visto que é na relação sexual que o mesmo ocorre; os locais de referência pública onde as pessoas deverão ir fazer os testes para verificação da sorologia; a distribuição de camisinhas. O ERONG é realizado bi anualmente, nas cinco regiões brasileiras, e os temas discutidos versam sobre a epidemia e os seus correlatos. Nesse encontro, após mesas de discussões, palestras, debates, grupos de trabalho e plenárias, são formuladas as proposições que serão levadas para o ENONG (Encontro Nacional das ONGs AIDS), onde são rediscutidas, votadas e encaminhadas ao Programa Nacional, visto que serão incorporadas nas novas políticas públicas que serão gestadas. O ERONG, assim como o ENONG, são as ferramentas por excelência do Movimento social da AIDS, aqui no Brasil, que juntamente com outros movimentos e grupos da sociedade civil: movimento feminista, Direitos Humanos, e outros mais, juntam suas forças no enfrentamento da luta contra a AIDS no País, não ficando apenas aqui, mas se internacionalizando com outros movimentos, como a UNGASS e o ICW.
Como vocês podem observar na imagem do Folder abaixo, esse ERONG será realizado em Aracaju/Sergipe, nos dias 12 a 15/07/2011.
Do nosso Estado participarão representações formadas pelas ONGs e os Ativistas que compõem o Movimento Social Articulação AIDS de Pernambuco.
Na intensão de deixar você bem informa do vem a ser o ERONG, observe a grade da programação.







Em resumo, o ERONG é um espaço de lutas do Movimento Social de AIDS no Brasil, onde as representações coletivas se agregam para construir articulações políticas buscando soluções que mitiguem os efeitos perversas das manifestações da epidemia da AIDS.
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Miriam Fialho/Recife/ Ativista da Articulação AIDS PE
Consultora e Pesquisadora da Questão AIDS

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MAIS POESIAS



CANÇÃO EXCÊNTRICA

Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
projeto-me num abraço
e gero uma despedida.

Se volto sobre o meu passo
é já distância perdida

Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
Esta procura de espaço
para o desenho da vida
Já por exausta e descrida
não me anima a um breve traço

-saudade do que não faço
-do que faço arrependida.

(Cecília Meireles)

Obs.: esta imagem foi feita de um Quadro
que está decorando a Sala de Jantar
do APTº do casal Sr&Srª Bruno Germano e Polyana Fialho.
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Miriam Fialho
Porque eu adoro os escritos da Cecília Meireles

sábado, 11 de junho de 2011

Um Pouco de Poesia para Nós!

Olá, todos e todas!!!
Esta poesia me toca muito, e sei também que tocará todas as pessoas sensiveis que amam e gostam de ser amadas,que sabem construir amizades, sabem deixar suas marcas nos lugares por onde andam, nas ruas por onde passam, nos caminhos que percorreram, sendo esses floridos ou não, sozinhos ou juntos; mas que souberam fazer suas histórias deixando-a como legados ao futuro; e que também sabem captar outras histórias tomando-as como referências para suas próprias vidas. Ter um passado é fundamental. Ter recordações incríveis de coisas boas experimentadas, de gente legal que cruzaram nossas vidas, de experiências vividas e partilhadas com o mundo dos humanos e no mundo natural da vida é tudo o que há de mais significativo quando paramos e avaliamos as nossas trajetórias. Postando esta poesia da Clarice Lispector aqui eu quero dizer aos meus seguidores neste meu blog que tenho em cada um de vocês, a partir do momento que estamos compartilhando esse espaço virtual, que cada um de vocês é importante demais na minha história, e cada vez que mais alguém se torna um seguidor deste blog, esse alguém está me dizendo que em qualquer uma das publicações postadas por mim aqui, ele se olhou, ele se identificou, se percebeu e também o fez na minha direção. Ou seja, nós nos identificamos em pontos que possuem comuns, em coisas que contém similaridades, nos nossos gostos e nas interpretações que fazemos em tantos recortes e retratos dessa vida. Saibam que para mim é muito legal vivenciar isso, dividindo com todos vocês essa bela poesia. Saibam que me faz feliz por demais lhes escrever para dizer isso: Amo muito a cada um de vocês meus amigos queridos. Vamos tocar juntos a vida e sempre construíndo em cada fase vivida mais um retratinho para nossos álbuns de saudosas recordações.
Bem, é isso. Aqui fica meu caliente abraço em cada um de vocês!

---MiraFialho, amiga para sempre.---




SAUDADES

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro que se idealizado,
Provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu;
de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que se costuma usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... Fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

(Clarice Lispector)