quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Terapia Anti-retroviral para o HIV/AIDS


ARVs APÓS EXPOSIÇÃO
SEXUAL AO HIV

O Ministério da Saúde amplia a utilização de profilaxia pós exposição para
casos específicos de relação sexual com alto risco de infecção pelo HIV.
A utilização de antirretrovirais para evitar a infecção pelo HIV após possível contato com o vírus já é atualmente recomendada para profissionais de saúde, a profilaxia pós- exposição ocupacional, e nos casos de violência sexual. Agora, a profilaxia também está sendo indicada após exposição sexual com alto risco de infecção pelo HIV.
O documento direcionado aos profissionais de saúde é parte do suplemento III do consenso terapêutico para o tratamento de adultos infectados pelo HIV (ver área útil, na última página).
O texto atualiza procedimentos terapêuticos, indicando quando e como prescrever o uso de antirretrovirais após situações de risco (ver quadro). O principal objetivo dessas recomendações é diminuir o risco da transmissão em casos excepcionais.
"O suplemento é direcionado e tem uma linguagem voltada para os profissionais de saúde, especialmente o profissional da área médica, que faz a avaliação de risco e toma a decisão sobre a prescrição de antirretrovirais", diz Ronaldo Hallal, assessor técnico do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Até 72 horas após exposição
Os medicamentos estarão disponíveis nos Serviços de Atendimento Especializado (SAE) e nos serviços que já atendem situações de urgência, como no caso de violência sexual. O atendimento deve ser feito, preferencialmente, nas duas primeiras horas após a relação sexual desprotegida e, no máximo, em até 72 horas. Ao receber o coquetel pós-exposição, a pessoa é orientada sobre os objetivos da utilização dos medicamentos, os possíveis efeitos adversos e a importância dos medicamentos.
Para o profissional de saúde, o consenso reforça a importância de uma atitude acolhedora e sem julgamento no atendimento. Além de propiciar formação do vínculo, a estratégia favorece a adesão a medidas recomendadas, especialmente as preventivas. A oferta do teste de AIDS faz parte do procedimento, que deve ser informado ao paciente. O exame deve ser feito 30 dias depois da situação de risco e repetido seis meses depois.
28 dias de tratamento
"Não se trata de uma pílula do dia seguinte. É um coquetel que uma pessoa sem HIV deverá tomar por 28 dias. É uma medida de caráter emergencial, para atender casos específicos. Não se recomenda a profilaxia nos casos de contatos sexuais sem penetração, como masturbação mútua, ou sexo oral sem ejaculação na cavidade oral" afirma Ronaldo Hallal. O procedimento também não é indicado em casos de relações desprotegidas recorrentes.
Em caso de violência sexual, a principal atualização do suplemento refere-se a esquemas terapêuticos mais cômodos para a vítima. O objetivo é propiciar que a pessoa conclua a terapia indicada de forma menos traumática.
Veja abaixo o quadro de indicações para profilaxia pós- exposição sexual:

(Essa Matéria me foi enviada por um amigo querido: E. Almeida).

Comentando:
A TARV se insere como uma das políticas públicas da Saúde que trouxe às pessoas afetadas pela infecção com o HIV/AIDS esperanças de prolongamento dos seus dias de vida aqui na terra. No começo da epidemia aqui no Brasil, quando ainda não se tinha informação bem definada acerca do fenômeno AIDS,e o mesmo era conhecido como uma patologia de um grupo de risco: os gays; a necessidade de se pensar num tipo de tratamento para enfrentar e reduzir os avanços da doença, que se constituia defenitivamente como letal à época, deixava toda a sociedade numa situação de desconforto muito grande. Somente quando o Ministério da Saúde, resolveu sentar com as representações da sociedade civil que estavam iniciando o movimento social de luta contra a AIDS a partir de ações ativistas, foi que se teve uma luz no final do túnel. O Ministério da Saúde resolveu aceitar as reivindicações da população soropositivo que passou a requerer dele uma agenda políticamente responsável e correta, livre dos preconceitos e das discriminação, e passou a partir disso a se pensar em um programa, em caráter nacional, que desse conta do que estava sendo reivindicado, por ser extremamente necessário e urgente articular, que era estabelecer políticas públicas de saúde tanto para a prevenção, quanto para a assistência as pessoas que estavam vivendo o drama de um diagnóstico de soropositividade bastante acentuado, com registros de óbitos significativos pela infecção com HIV/AIDS. 30 anos de AIDS no mundo, três décadas de lutas, de correria, de sofrimentos, doenças e mortes. Todavia, o contexto atual já não se inscreve dessa forma tão perversa e dolorosa. Com o advento do Programa Nacional, que inicialmente era uma "Coordenação Nacional" de Políticas Públicas para a AIDS, fez renascer dentro do imaginário da sociedade brasileira a esperança de dias melhores. O tratamento tão necessário e esperado ia começar a acontecer.
Nessa matéria que está postada acima, é possível se observar que a cada dia uma ação de melhoria para se viver dentro do contexto da epidemia da AIDS é estabelecida no Ministério da Saúde dentro do Programa Nacional para melhorar a vida afetiva e sexual do indivíduo, já que na atualidade que está com mais de 20 anos não está mais aguentando transar coma camisinha, mesmo sendo esse o método mais eficaz para evitar a infecção; esta´se pensando na garantia da qualidade de vida da população soropositiva, ou não. Ter HIV, não ter HIV preocupa os gestores do PN (Programa Nacional. A TARV Terapia Anti Retroviral), que está em uso desde o final da década de 90, tem sido o que se pode chamar de "a mão na Roda" para ajudar as pessoas infectadas. Por certo que ela trás dentro do seu contexto as incongruências naturais numa iniciativa medicamentosa tão forte, visto que seu uso combinado deixa claro pra todos que ela não é tão perfeita como se pensa. Até porque essa Combinação dos Medicamentos se desdobra e passa a causar o desenvolvimento de outras patologias nos corpos dos que estão em uso da medicação combinada bastante graves. Não são doenças oportunistas apenas, mas são o surgimento de outras patologias gravissímas: Coinfecção por Tuberculose, Desenvolvimento da Hepatite B, entre outras. Porém, já temos outra representação de pessoas vivendo e convivendo com o HIV/AIDS que estão buscando as soluções para reverter esse quadro. Aqui em Recife, temos o Grupo ASQV que atua no combate a Lipodistrofia e para isso conta com o apoio do Ministério da Saúde - Programa Nacional - e das Secretarias da Saúde estadual e municipais e assim a vida soropositiva vai sendo levada a frente. Há um ganho muito significativo da população soropositivo HIV+ que é a perda do medo e do preconceito, o que lhes favorece poder colocar a cara na rua e sair na luta para reverter a situação de forma que o bem estar social passe a ser uma experiência totalmente plena para se viver num país como o Brasil que tem um dos índices mais altos de pessoas infectadas com o HIV Agora, ve-se que a situação é bem outra e todos podem se sentir bem mais confortáveis e até felizes, pois viver com a Cidadania Ativa e a Democracia
participativa como aliadas nas buscas de políticas públicas faz um grande diferencial na sociedade e ai vemos que ainda é possível aqui se estar com HIV/AIDS e ser feliz, tendo sonhos e esperanças de que dias melhores hão de vir para todos os soropositivos.
Recife, 12/11/2011
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M.FiS - Consultoria & Eventos.
Mestre em Sociologia pela UFPE

Um comentário:

  1. A foto do Betinho nessa postagem, simboliza a sua participação, precursora no início da epidamia da AIDS aqui no Brasil.

    Betinho era hemofílico e foi infectado com o HIV na transfusão de sangue.

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